Fundação Vale traz exposição Jardins Móveis para Belo Horizonte

Depois de passar pelo México, Suíça, e pelo Museu Vale no Espírito Santo, exposição de esculturas feitas com infláveis de Felipe Barbosa e Rosana Ricalde chega a Minas Gerias. No Memorial Minas Gerais Vale e na Praça da Liberdade, a partir do dia 8 de outubro

Um passeio por um ‘bosque encantado’, onde os visitantes encontram grandes esculturas coloridas elaboradas a partir de 4 mil bichos e outros objetos infláveis que ganharam novos significados.  A proposta inusitada dos artistas visuais Felipe Barbosa e Rosana Ricalde deu origem a ‘Jardins Móveis’, uma exposição que convida à fantasia e ao mesmo tempo à reflexão sobre a relação entre a natureza e o consumo. Apresentada em parques na Cidade do México, em 2007, e em Lausanne (Suíça), em 2016, a exposição foi recebida no Brasil pelo Museu Vale, em Vila Velha (ES), entre 30 de junho e 24 de setembro, e agora chega à capital mineira, onde ficará de 8 de outubro a 12 de novembro – Praça da Liberdade, 640, Funcionários, esquina com Rua Gonçalves Dias.

Para Barbosa e Ricalde os parques e as grandes cidades são espaços artificiais que permanecem como uma memória inventada em relação ao que o lugar era antes da cidade se instalar. É a partir dessa ideia de artificialidade entrelaçada ao consumo nos momentos de lazer que os artistas desenvolveram a proposta de intervenção em espaços de recreação.

A mostra será composta de 13 esculturas montadas em estruturas de ferro moldado, sendo quatro dispostas no Memorial e nove na Praça da Liberdade, com dimensões que chegam a 10m de altura x 15m comprimento x 3m de largura. Inspirada nos dinossauros, a maior das esculturas foi apelidada de ‘megassauro’. Terá também tucano, dromedário, veado, lhama, lagarto, polvo gigante, elefante, pato e boi, entre outros.

“A exposição ganha vida própria e autonomia de leitura em cada lugar por onde passa. Não remontamos o que já foi apresentado. Na Cidade do México a inspiração foi a topiaria – arte de podar plantas em formas ornamentais – muito presente nos parques locais, por isso utilizamos muitos infláveis na cor verde das árvores. No Brasil ela está mais colorida”, explica Rosana Ricalde.

Há 17 anos Rosana e Felipe atuam em dupla. Individualmente, Felipe tem uma obra focada no objeto e Rosana no uso da palavra, em equipe desenvolvem projetos que buscam estabelecer diálogos com entornos urbanos. Os trabalhos que fazem em conjunto descobrem o equilíbrio entre os jogos geométricos de Barbosa, ao usar objetos preexistentes para criar outros novos, e a metáfora poética presente na obra de Ricalde.

Para Felipe Barbosa “Jardins Móveis traz o aspecto crítico do consumo associado ao lazer. Esse ‘bosque encantado’ remete à produção em massa, à relação compra-venda que ocupa um lugar de naturalidade na dinâmica do passeio e ainda à artificialidade dos jardins”.

Ao fazer uso de produtos que são comercializados nos parques, como os infláveis, Barbosa e Ricalde também propiciam oportunidade para que a fantasia possa ter lugar. A exposição é muito colorida e as esculturas desafiam a imaginação.

“Transformar o banal e popular em obras de arte é uma das expertises do casal de artistas. Ressignificar um objeto comum, como um inflável, aproxima mais o público do trabalho artístico”, destaca Wagner Tameirão, gestor do Memorial Minas Gerais Vale. “Decidimos iniciar a exposição em outubro para promover uma interação ainda maior com as crianças durante o mês delas”, conta.

Este intercâmbio de conteúdos entre os espaços culturais da Vale faz parte do programa de Itinerância Cultural, iniciativa da Fundação Vale que tem como objetivo contribuir para a democratização da cultura e valorização do patrimônio material e imaterial brasileiro.

“Acreditamos que a atuação em rede dos nossos espaços culturais e o compartilhamento de conteúdo contribuem para a difusão e valorização da cultura brasileira”, diz Fernanda Fingerl, gerente de Cultura e Educação da Fundação Vale.

ROSANA RICALDE

A obra de Rosana Ricalde, Niterói, RJ, contém uma metáfora poética onde a palavra se torna imagem e dessa combinação surgem possibilidades infinitas entre o conceito e o representado. Quase todas as obras de Ricalde são construídas a partir da interseção entre literatura e artes plásticas, evidenciando a influência que sua produção recebe do texto como conteúdo e forma. “Na minha obra, a literatura está totalmente dentro de cada trabalho, acho que, por vezes, estou fazendo literatura”, diz.

Essa confluência, em outros tempos considerada contaminação, apresenta-se na obra de Rosana Ricalde como um terreno fértil para a experimentação e a discussão sobre a atividade artística. O espectador, por sua vez, é convidado à experiência tanto inteligível como sensível da obra, a partir de seus signos pictóricos e linguísticos.

Rosana Ricalde é formada em gravura pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro – EBA/UFRJ. Participou de importantes exposições coletivas no Brasil e exterior como: The Storytellers: Narratives in International Contemporary Art – Stenersen Museum – Oslo – Noruega, 2012; Contested Territories – Dorsky Gallery – Long Island City – NY, 2012; 100 Obras, 10 Anos: Uma Selecção da Colecção da Fundação PLMJ – Fundação Arpad Szenes – Vieira da Silva – Lisboa – Portugal, 2012. A obra de Rosana Riscalde está representada em diversas coleções institucionais, entre as quais: Coleção Gilberto Chateaubriand, MAM, Rio de Janeiro; Coleção Banco Itaú, São Paulo; e Coleção Sesc Nacional.

FELIPE BARBOSA

Felipe Barbosa, Rio de Janeiro (RJ), constrói suas obras a partir da apropriação de elementos do cotidiano, como bolas de futebol, tampas de garrafa, notas de dinheiro e mesas de sinuca. Suas intervenções dialogam com a arquitetura e seguem uma lógica empírica baseada nos materiais encontrados em seu dia a dia. É a partir da escolha, transformação e reorganização geométrica destes materiais que Felipe propõe uma paródia do sistema e convenções e sociais, evidenciando sua reflexão sobre a sociedade de consumo nos dias atuais. Assim cria um novo olhar para esse sistema ao mesmo tempo que o critica de forma humorada e com extrema beleza formal.

“Assim como para os sufis e pitagóricos, acredito que os números e suas simetrias, entre as quais os quadrados mágicos, representam os estágios da criação, logo, procuro brincar com o abstrato e criar um novo mundo de possibilidades com a minha arte”, define o artista.

Graduado em Pintura e mestre em Linguagens Visuais pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro – EBA/UFRJ, Felipe Barbosa expõe regularmente desde 2000 em diversos países, entre eles, México, Estados Unidos, Espanha, Portugal, Croácia, Lituânia, França, Canadá, Holanda, Inglaterra, Argentina e Japão. Dentre suas mostras recentes estão Campo de las Naciones – Galería Blanca Soto – Madri; The Record: Contemporary Art and Vinyl – Miami Art Museum – Miami; Futbol Arte y passion – MARCO – Museo de Arte Contemporaneo de Monterey – México; Consuming Cultures – A Global View – 21C Hotel-Museum Kentucky – USA.

MEMORIAL MINAS GERAIS VALE

O Memorial Minas Gerais Vale é resultado da parceria entre a Vale, a Fundação Vale e o Governo de Minas e funciona no antigo prédio da Secretaria de Estado da Fazenda, originalmente denominada Secretaria das Finanças no século XIX. O museu compõe a rede de espaços culturais da Vale, localizados em diferentes estados do país, que visa contribuir para a democratização da Cultura e para a preservação do patrimônio cultural brasileiro, por meio de ações integradas nos territórios de atuação da empresa.


ITINERÂNCIA CULTURAL

Programa da Fundação Vale que tem como objetivo contribuir para a democratização da cultura para a preservação do Patrimônio Cultural brasileiro por meio de uma ação integrada envolvendo os espaços culturais da Vale: Memorial Minas Gerais Vale (MG), Museu Vale (ES), Casa de Cultura de Canaã dos Carajás (PA) e Centro Cultural Vale Maranhão (MA), além das estações de trem localizadas ao longo das ferrovias que os conectam.

 

SERVIÇO

JARDINS MÓVEIS

A exposição ‘Jardins Móveis’ de Felipe Barbosa e Rosana Ricalde propõe uma reflexão sobre a ideia de parque urbano como espaço de relaxamento e consumo. São 13 esculturas super coloridas que incorporam bichos e objetos infláveis de forma imaginativa. A mostra ocupa as dependências do Memorial Minas Gerais Vale e os jardins da Praça da Liberdade, por onde os visitantes poderão andar para descobrir cada escultura e buscar seus significados.

Locais: Memorial Minas Gerais Vale e Praça da Liberdade

Período: de 8 de outubro a 12 de novembro

ACESSO GRATUITO

Endereço: Praça da Liberdade, 640, esq. Gonçalves Dias

Horário de funcionamento: terças, quartas, sextas e sábados, das 10h às 17h30, com permanência até 18h. Quintas, das 10h às 21h30, com permanência até 22h. Domingos, das 10h às 15h30, com permanência até 16h.

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Praça da Liberdade, 640,
esquina com Rua Gonçalves Dias
Belo Horizonte – Minas Gerais – Brasil
30140-010 – (31) 3308-4000

Entrada gratuita

Horário de funcionamento

Quarta, sexta e sábado: das 10h às 17h30, com permanência até as 18h.

Quinta, das 10h às 21h30, com permanência até as 22h.

Domingo, das 10h às 15h30, com permanência até as 16h.

Agendamento de visitas
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