A Casa da Festa e a Comensalidade

A Casa da Festa e a Comensalidade

Café Comunitário na Casa da Festa. 2013. Foto: Bárbara Pereira Mançanares.

A comensalidade, o beber e comer em conjunto, são ritos de agregação – cria vínculos, mesmo que momentâneos, promovendo a comunhão e o congraçamento.

O “dar de comer e beber” e, sobretudo, o comer e beber juntos colocam em evidência o religare da religião, renovando os laços entre familiares e vizinhos e criando outros com os visitantes.

É um banquete, né ? Mas é coisa dos antigos. Então, a gente continua. A alimentação é para todo mundo que chegar. O que quiser e à vontade. Não tem isso não: fulano pode comer e o outro não pode!” (Maria Natalina da Costa Seabra, moradora de São Bartolomeu – Acervo da Prefeitura Municipal de Ouro Preto)

Entrada da Casa da Festa. 2014. Foto: Bárbara Pereira Mançanares.
Café Comunitário na Casa da Festa. 2014. Foto: Bárbara Pereira Mançanares.

Então, a Casa da Festa foi um meio de acolher, um reconhecimento dessas pessoas devotas que a folia fica aí três meses, quatro meses então, acolhe essa comitiva na casa deles ali, onde as três pessoas dormem com a bandeira. Eles dão almoço, janta, toma banho, muitas vezes lava até a roupa dessas pessoas né. Então quer dizer, nesse dia é o dia do reconhecimento dessas pessoas” (Valdir Felipe Rufino, integrante da Folia do Divino de São Bartolomeu – Acervo da Prefeitura Municipal de Ouro Preto)