Se você já ouviu falar ou conhece o vale do Peruaçu, certamente ficou marcado pelas incríveis cavernas, grutas e pinturas rupestres lá presentes.
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A região é conhecida por abrigar um cânion de formação cárstica, intercortado por grutas e cavernas, cuja altura pode atingir os 100 metros, um dos mais importantes sítios espeleológicos e geomorfológicos do Brasil.
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Já do ponto de vista da arqueologia, os numerosos abrigos em rocha guardam pinturas rupestres, além de artefatos líticos e cerâmicos confeccionados por grupos humanos há cerca 12.000 anos antes do presente, período que remonta aos primórdios da ocupação do vale do São Francisco e da região central do território brasileiro.
Foi na década de 1970 que os primeiros grupos de cientistas passaram a explorar as cavernas da região. Pesquisadores das áreas da arqueologia, geologia e espeleologia iniciaram uma série de identificações, prospecções e escavações. Ao reconhecerem a relevância cultural e ecológica do vale do Peruaçu, argumentaram pela criação de Unidades de Conservação Ambiental (UC’s) com a finalidade de salvaguardar o patrimônio ali presente. Assim, três UC’s, sob diferentes categorias, se consolidaram ao longo da bacia do Peruaçu:
- Parque Nacional Cavernas do Peruaçu;
- Parque Estadual Veredas do Peruaçu, no alto curso do rio;
- Área de Proteção Ambiental Cavernas do Peruaçu.
Além disso, às margens do Peruaçu também encontra-se a Terra Indígena Xacriabá, reconhecida em 1987 após intensa luta dos povos que ocupam historicamente essa região da bacia do rio São Francisco.
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