O passeio virtual a seguir irá te levar a uma experiência pelas águas cheias de vida do rio Peruaçu.
Esta exposição segue os caminhos dos trabalhos de campo realizados entre 2018 e 2020, no Vale do rio Peruaçu, Norte de Minas Gerais - por ocasião da pesquisa de mestrado intitulada "Nas margens do rio Peruaçu, a apropriação da natureza e a natureza das práticas", defendida em 2021 no âmbito do Programa de pós graduação em geografia da UFMG.
As fotos e os vídeos aqui contidos são fruto das lentes atentas e sensíveis de artistas que percorreram, em diferentes momentos, as margens do rio Peruaçu:
Frederico Gonçalves
Gabriel de Oliveira
Gleydson Mota
As perguntas que movem nossa pesquisa, bem como os caminhos abertos por elas foram construídos junto a atores diversos: moradores de comunidades inseridas no vale do rio Peruaçu; gestores e funcionários do Instituto Estadual de Floresta (IEF) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio); pesquisadores; professores; e amigos.
Tais perguntas surgem de uma inquietação coletiva, que diz respeito a seca do rio Peruaçu, um importante afluente da margem esquerda do alto-médio rio São Francisco.
Há mais ou menos 15 anos, o rio Peruaçu vem apresentando uma progressiva diminuição de sua vazão hídrica. Se antes era um rio onde se nadava, pescava e cultivava alimentos, com o passar do tempo tornou-se cenário de uma profunda escassez hídrica, e de busca constante por alternativas para a ressurgência das águas.
Seguindo estas e outras inquietações, partimos em busca dos recados entoados pelas águas e pelos vários outros seres que constituem os cosmos particular da bacia do Peruaçu: Buritis, veredas, cavernas, pequis, fogos, veredeiros, vazanteiros e agricultores.
Ao entrar na exposição sua missão é descobrir o que as águas do Peruaçu têm a contar. Vamos lá?!
Não se esqueça de levar sua mochila e seu caderno de campo.
A exposição foi dividida em três partes, que remetem a três cursos da bacia do rio Peruaçu – alto, médio e baixo – cuja realidade socioespacial se apresenta de forma completamente distinta, a depender do local que estamos tratando. A despeito dessas diferenças, tentaremos evidenciar a forte conexão existente entre os territórios presentes na bacia, cuja mediação fica a cargo de um imponente ser-rio.
Sugerimos que você siga a seguinte ordem de navegação:
Comece pelo baixo curso, suba até o alto e finalize pelo médio.