A 17ª Primavera dos Museus, organizada pelo IBRAM, em 2023, leva o tema Memórias e Democracia: pessoas LGBT+, indígenas e quilombolas para dentro dos Museus, oferecendo oportunidades para refletirmos sobre a construção da democracia de seus agentes.
As memórias dos povos indígenas são essenciais para preservar suas culturas, línguas e conhecimentos ancestrais. Muitas comunidades indígenas enfrentaram séculos de colonialismo, exploração e opressão que causaram a perda de terras, a destruição de tradições e a negação de seus direitos fundamentais.
A democracia efetiva para os povos indígenas implica o respeito aos seus direitos de autodeterminação, consulta e consentimento livre, prévio e informado sobre questões que afetam suas terras e comunidades, em uma abordagem inclusiva que valorize suas memórias e perspectivas.
Durante a 17ª Primavera dos Museus, o Memorial Vale apresenta ao público a vasta produção literária dos povos originários do Brasil, registros fotográficos, ações educativas e performance.
De 18 a 24 de Setembro no Memorial Vale
Exposição “Araetá: a literatura dos povos originários”
De 31/08/2023 a 05/11/2023
A exposição apresenta a produção literária de escritores indígenas de 1998 até hoje. Entre as 305 etnias existentes no Brasil, 40 diferentes povos têm a literatura representada na contemporaneidade,
compondo uma produção literária vasta. A exposição abarca povos indígenas da Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal, representados por fotos e escritores.
A Exposição “Araetá: a literatura dos povos originários” tem patrocínio do Instituto Cultural Vale.
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Exposição Sob o mesmo céu, de Sylvie Moyen
De 09/09/2023 a 28/01/2024
Exposição de fotografias da mineira Sylvie Moyen, apresentando imagens de viagens ao Peru, Papua Nova Guiné, Mongólia, Myanmar e Índia.
Nascida em Belo Horizonte (1973), Sylvie Moyen é filha de imigrantes europeus. Ainda criança, ela ficou fascinada pela pequena máquina que seu pai carregava no pescoço e aprendeu com ele a fazer pequenos registros de viagens em família. No ateliê de sua mãe ela tinha pequenas funções como a de misturar tintas e criar novas cores. É bacharel em Comunicação Social pela UFMG (1994) e mestre em
Belas Artes (MFA) pela Indiana University (Bloomington, 1999) onde foi premiada com a bolsa de estudos: Knote Scholarship Award 1997/1998. Durante mais de 20 anos trabalhou como designer gráfica,
sempre tendo a fotografia como atividade paralela. Em 2017 migrou definitivamente para a fotografia, unindo duas paixões: viajar pelo mundo e realizar registros poéticos de sua diversidade.
Integra o projeto Mostra de Fotografia, com curadoria de Eugênio Sávio.
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Exposição Corre um rio de lembranças nas encantadas lavadeiras de Almenara, de Jessica Marroques
De 16/09/2023 a 31/12/2023
As memórias constroem retalhos na costura de um rio largo de afetos. Onde eu nasci, passa um rio. Onde a maioria de nós nascemos, crescemos e vivemos ainda passa um rio. Suas águas revelam as vidas de mulheres lavadeiras, que guardam a sabedoria dos cantos e dos sonhos a procura do tempo.
Jéssica Marroques nasceu nas margens do Ribeirão Arrudas, em Contagem/MG. Das águas que ali brotavam escutava de sua avó a memória de um rio vivo e forte. Esta é a paisagem que emerge na pesquisa da artista, em um diálogo entre o passado e presente, buscando evidenciar a práticas dos trabalhos manuais. Em sua trajetória acadêmica, é licenciada em Artes Visuais (UEMG) e bacharel em Cinema e Audiovisual (UNA). É especialista em Arte e Movimento, mestra em Estudos do Lazer (UFMG) e doutoranda em Educação (UFMG).
Integra o projeto Novos Pesquisadores, do Educativo MMGV.
Da Terra: espetáculo performativo, com Jonata e Nayara Leite
Dia 28/09, às 19h
O espetáculo memora as heranças transmitidas pelos
saberes das plantas, na instauração de um corpo quintal que se estabelece por meio de um mascaramento realizado com folhas, frutos, raízes e legumes do dia a dia afro-indígena brasileiro. O objetivo do trabalho é sensibilizar o público para o legado afro-indígena no cotidiano, por meio da relação com a terra, compreendendo seus ciclos de plantar e colher.
Jonata, cria das Minas Gerais, JONATA é artista da escrita, das artes visuais, do cinema e das artes do corpo. É também Professor, Gestor Cultural e Geógrafo, atuando como curador em residências artísticas, festivais culturais e seminários. Fundou e permanece integrante da Companhia Artística TeAto do Amanhã, da equipe criativa Paubrasil, e da Escola Indisciplinada.
Nayara Leite nasceu em Ribeirão das Neves (MG) e iniciou seus estudos teatrais na escola de arte Valores de Minas (2014). É formada em Licenciatura e Técnico em Teatro pela UFMG. Em sua trajetória artística, integra a Companhia Teatro do Amanhã e é uma das idealizadoras do projeto A Minha Família Conta, que investiga o ato de recontar histórias familiares.
Integra o projeto Convocatórias 2022.
Retirada de ingressos uma hora antes do evento. No máximo um ingresso por pessoa. Lugares limitados.
Contação de histórias
Sábados e domingos, às 10h30
É contando histórias que os povos originários mantêm suas memórias vivas. Inspirados nessa tradição, convidamos as famílias a se reunirem em roda para ler e ouvir histórias encantadas da literatura feita por autores indígenas brasileiros.
Visitas mediadas
Sábados e domingos, às 11h e às 15h
O que podemos aprender com a literatura feita pelos povos originários do Brasil? A partir da exposição Araetá o Educativo MMGV convida os visitantes a partilharem novas descobertas sobre a literatura brasileira protagonizada por autores indígenas.
Praça da Liberdade, 640,
esquina com Rua Gonçalves Dias
Belo Horizonte – Minas Gerais – Brasil
30140-010 – (31) 3308-4000