O município de Santo Antônio do Itambé, se localiza na Mesorregião Metropolitana de Belo Horizonte e na Microrregião de Conceição do Mato Dentro, distante de Belo Horizonte a 330 km pela MG-10. Faz divisa com os municípios de Serro, Serra Azul de Minas, Materlândia e Sabinópolis. Já a comunidade rural Bagres, localiza-se 20 km a nordeste do centro urbano do município.
A descoberta de recursos minerais (principalmente ouro e diamante) na Serra do Espinhaço despertou o interesse da coroa portuguesa para que o território fosse explorado, assim, enfiadas de vilas se constituíram em torno da atividade mineradora e agropecuária, formadas por reinóis, paulistas, baianos, escravos e indígenas, ligadas por caminhos e trilhas. Findado o ciclo da mineração, as famílias e comunidades ali estabelecidas passaram a valer-se do solo das margens dos seus rios para sustentar uma agricultura de subsistência. Os tropeiros eram quem levava os produtos a serem comercializados entre as vilas e povoados, definindo uma forma de vida, influenciando hábitos e costumes.
Nesse processo de ocupação no contexto colonial, escravocrata e minerador, culturas e modos de vida com características singulares se formaram. Destacam-se as formas de expressão religiosa, os modos de falar, de cozinhar, de produzir peças artesanais, de trabalhar a terra, das vestimentas, habitações e comportamento.
Em 1° de março de 1963, Santo Antônio do Itambé foi emancipado da cidade de Serro de acordo com a Lei 2764 de 30 de dezembro de 1962. Segundo dados do IBGE Cidades, o município possui uma estimativa de 3.763 pessoas em 2021, em uma área territorial de 305,737 km², sendo maior o número de habitantes que residem na área rural. No próximo censo estes dados podem ter alterações.
Além de toda riqueza cultural, também se destacam a beleza paisagística das serras, morros, afloramentos, cachoeiras e vegetação. De importância física, histórica e cultural, Santo Antônio do Itambé encontra-se no sopé do Pico do Itambé, ponto culminante meridional da Reserva da Biosfera do Espinhaço, com 2.052 m de altitude (IEF, 2020), pertence a Bacia do Rio Doce fazendo divisa com a Bacia do Rio Jequitinhonha, integrando-se às zonas de amortecimento do Parque Estadual Pico do Itambé e da APA (Área de proteção Ambiental) Estadual Águas Vertentes, sendo parte da história da Estrada Real.
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