Minas que desaparece dia após dia, 2020
Série fotoperformática
Augusto Henrique Lopes da Costa (Gutão)
Ser rocha, sentir rocha, ouvir rocha. Minério, natural, sal, chão. Do encontro com a terra, na escuta vibrativa, o artista cinge seu arrimo ancestral. Na harmonia da floresta e na rijeza do rochedo, vê a mudança do tempo em que estão todos cientes: devemos ficar atentos. Corpo escultura pétrea auscultante e tateante: na derradeira diligência pelo alicerce verdadeiro, quando vejo já é pedra, é a cifra do segredo.
Texto crítico e curadoria de Noah Mancini
Augusto Henrique Lopes da Costa, mais conhecido como Gutão, é natural de Coronel Fabriciano (MG) e Bacharel em Artes e Design e Licenciado em Artes Visuais pela Universidade Federal de Juiz de Fora e Especialista em Ensino de Artes Visuais pela Universidade Federal de Minas Gerais.
Seu trabalho vem se destacando por uma produção ligada a questões raciais e de gênero com foco na posição do performer na arte afro-brasileira.