Oralituras dos “Pretinhos do Rosário”
Candombes
Mais conhecidos como pontos, os cantos dos Candombes são proferidos em forma responsorial, ou seja, alternados entre o solo e o coro. Ao centro da roda vai um candombeiro, conduzido pelo diálogo que ele estabelece com os tambores, puxando seu ponto.
Nos Candombes mineiros, encontramos o instrumento guaiá ou xique–xique, feito de palha trançada, com alça, cuja base é um pedaço de cabaça, e no interior são postas sementes. O guaiá, além de estar presente no batuque paulista, feito de alumínio como o ganzá, é no jongo também conhecido por guaiá, inguaiá, angoiá ou anguaiá.
A entrada do candombeiro, que vai emitir o canto, é demarcada pelo uso do guaiá, instrumento idiofônico que se assemelha ao ganzá dos Cocos de Rodas e é também encontrado com a mesma denominação no Batuque paulista. Tanto o ganzá quanto o guaiá, considerando neste último caso alguns grupos de Candombes em Minas Gerais, são instrumentos que simbolizam o poder daquele que está conduzindo a palavra viva, que faz dançar, tocar e cantar.